A receptividade do processo estrutural pelo sistema interamericano de direitos humanos: reflexões a partir do caso do povo indígena xucuru e seus membros vs. Brasil

Autores

  • Carla Noura Teixeira FINAMA/ UNIFAMAZ/ UNICURITIBA
  • Amanda Correa UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA
  • Marcelo Ribeiro UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA

DOI:

https://doi.org/10.18759/rdgf.v24i3.2264

Resumo

Após as atrocidades cometidas nas duas grandes guerras mundiais, especialmente a segunda, foi preciso erguer-se um Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos, a fim de mitigar as bases do nazismo. A internacionalização dos direitos humanos é, assim, um fenômeno recente na história, produto das lutas e conquistas do final do século XX. Nesse cenário, surgiram os chamados sistemas regionais de proteção, dentre eles, o sistema interamericano, que no contexto do constitucionalismo regional transformador legitimou-se como importante instrumento para a proteção dos direitos humanos, com o auxílio da Comissão Americana, da Corte Interamericana e do Processo Interamericano como um todo. A partir destas análises, passa-se a refletir sobre uma nova modalidade de processo, denominada “processo estrutural”. O presente trabalho busca investigar, portanto, se o sistema interamericano é receptivo ao processo estrutural, da análise das regras do processo interamericano e tomando-se como parâmetro o caso do povo indígena Xucuru e seus membros vs Brasil, uma reflexão a partir do recorte psicossocial da geopolítica. Quanto à metodologia, partiu-se da pesquisa teórica com a análise de elementos de empiria, de abordagem qualitativa. A lógica aplicada foi predominantemente a hipotético-dedutiva e os procedimentos de pesquisa foram viabilizados através do levantamento bibliográfico-documental e de estudo de caso.

Palavras-chave: Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos. Inter-American System. Ferramentas de proteção; Processo estrutural. Caso do povo Xucuru vs. Brasil.

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Biografia do Autor

Carla Noura Teixeira, FINAMA/ UNIFAMAZ/ UNICURITIBA

Doutora em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009) e Mestre em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Especialista em Direito Processual (2000). Graduada em Direito pela Universidade Federal do Pará. Advogada. Pós doutoranda e professora convidada do Programa de Pós-graduação em Direito Mestrado e Doutorado do Centro Universitário Curitiba - UNICURITIBA (CAPES 5). Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade Integrada da Amazônia (FINAMA) e da Faculdade Integrada da Advocacia da Amazônia (FINAMA ADVOCACIA).Professora da graduação em Direito da Faculdade Integrada da Advocacia da Amazônia (FINAMA ADVOCACIA). Foi Coordenadora do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu Mestrado em Direitos Fundamentais da Universidade da Amazônia - UNAMA/ Grupo Ser Educacional (2018/2022). Líder do Grupo Permanente de Estudos e Pesquisa "Direito Internacional para o Século XXI" (2017). Membro do Instituto de Direito Administrativo Sancionador - IDASAN. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional - IBDC. Membro da Academia Brasileira de Direito Internacional - ABDI. Membro do Programa de Apoio a Pesquisa Docente da Universidade Paulista - UNIP (2011-2013). Líder do Grupo Permanente de Pesquisa "Direitos Humanos - Perspectivas e Reflexões para o Século XXI" na Universidade Presbiteriana Mackenzie - UPM/CNPq (2011/2013). Autora de obras na área de Direito Internacional e diversos artigos científicos na área do Direito Público. Com experiência em pesquisa na área jurídica, com ênfase em (1) Direito Internacional Público; (2) Direito Internacional Privado; (3)Direito Internacional dos Direitos Humanos; (4) Direito Público e Tecnologia.

Amanda Correa, UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA

Advogada. Mestranda em Direitos Fundamentais (UNAMA), na modalidade bolsista integral PROSUP/CAPES. Especialista em Direito Público (CESUPA). Vice-presidente da Comissão da Jovem Advocacia do Pará (COJAD/PA), na gestão OAB/PA 2022-2024. Membro do Grupo de Pesquisa Democracia, Hermenêutica e Processo. Foi monitora bolsista da disciplina Direito Constitucional I. Foi bolsista de iniciação científica (NUPEX/UNIFAMAZ). Foi intercambista bolsista na Pearson College - Londres, em 2020.

Marcelo Ribeiro, UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA

Pós-doutor em Direito pela PUCRS. Doutor e Mestre em Direto Público e Evolução Social pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). Professor permanente no Mestrado da Universidade da Amazônia (UNAMA). Professor de Processo Civil na Pós-graduação da PUCRS. Membro efetivo da Academia Brasileira de Direito Processual Civil, do IBDP e da ANNEP. Árbitro da CAMES. Autor de obras jurídicas. Advogado.

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Noura Teixeira, C., Correa Pinto, A., & Bezerra Ribeiro, M. (2023). A receptividade do processo estrutural pelo sistema interamericano de direitos humanos: reflexões a partir do caso do povo indígena xucuru e seus membros vs. Brasil. Revista De Direitos E Garantias Fundamentais, 24(3), 221–243. https://doi.org/10.18759/rdgf.v24i3.2264