Gritos por dentro e por fora da ordem: legalidade e ilegalidade nos discursos políticos dos movimentos populares após 17 de junho de 2013

Autores/as

  • Ricardo Prestes Pazello Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paraná, Brasil.
  • André Sefrin Nascimento Pinto Universidade Federal do Paraná - UFPR
  • Guilherme Cantero Nunes Universidade Federal do Paraná - UFPR

DOI:

https://doi.org/10.18759/rdgf.v16i1.701

Palabras clave:

Antropologia jurídica. Movimentos sociais. Antropologia política.

Resumen

O objetivo deste artigo é analisar as manifestações que ocorreram no Brasil entre 17 de junho e 11 de julho de 2013. Do levante espontâneo das manifestações massivas até a organização da paralisação geral das centrais sindicais e movimentos populares, uma quantidade muita rica de posicionamentos tomou conta do cenário político-jurídico nacional. Para tanto, a metodologia utilizada foi a da análise etnográfica dos documentos tornados públicos por movimentos sociais, centrais sindicais, partidos e organizações políticas, o que permitiu avaliar, no caso concreto, o amplo leque de reivindicações e contestações que caracterizam o processo reiterado de aproximação e afastamento entre as mobilizações populares e o direito oficial, viabilizando uma leitura que relacione antropologia jurídica (entendida, no caso, como relação entre direito e movimentos sociais) com antropologia política.

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Biografía del autor/a

Ricardo Prestes Pazello, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paraná, Brasil.

Professor de Antropologia Jurídica na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutor em Direito das Relações Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná (PPGD/UFPR). Mestre em Filosofia e Teoria do Direito pelo Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (CPGD/UFSC). Bacharel em Direito pela UFPR. Pesquisador do Núcleo de Estudos Filosóficos (NEFIL/UFPR) e do grupo de pesquisa Direito, Sociedade e Cultura (FDV/ES). Secretário geral do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS). Integrante da coordenação do Centro de Formação Milton Santos-Lorenzo Milani (Santos-Milani), do Centro de Formação Urbano-Rural Irmã-Araújo (CEFURIA) e do Instituto de Filosofia da Libertação (IFiL). Presidente do Conselho de Representantes da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná-Seção Sindical do ANDES-SN (CRAPUFPR). Coordenador dos projetos de extensão popular Direito e Cidadania (D&C); e Serviço de Assessoria Jurídica Universitária Popular (SAJUP), ambos junto à UFPR. Colunista do blogue assessoriajuridicapopular.blogspot.com.br

André Sefrin Nascimento Pinto, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Estudante do curso de direito da Universidade Federal do Paraná. Monitor da disciplina de Antropologia Jurídica do mesmo curso

Guilherme Cantero Nunes, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Estudante do curso de direito da Universidade Federal do Paraná. Monitor da disciplina de Antropologia Jurídica do mesmo curso.

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Publicado

2015-06-29

Cómo citar

Pazello, R. P., Pinto, A. S. N., & Nunes, G. C. (2015). Gritos por dentro e por fora da ordem: legalidade e ilegalidade nos discursos políticos dos movimentos populares após 17 de junho de 2013. Revista De Direitos E Garantias Fundamentais, 16(1), 109–130. https://doi.org/10.18759/rdgf.v16i1.701