Can the “natural judge” be a machine?

Authors

  • João Paulo Kulczynski Forster Laureate International Universities - Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)
  • Daniella Bitencourt Laureate International Universities - Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)
  • José Eduardo A. Previdelli Laureate International Universities - Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)

DOI:

https://doi.org/10.18759/rdgf.v19i3.1631

Keywords:

Natural judge. Technology. Robot judge.

Abstract

From the fundamental right to the due process of law, diverse procedural fundamental rights arise, such as the natural judge. The analysis of the figure of the judge from this procedural right, as well as the law itself, undergoes the influence of the 4.0 Revolution, whose striking feature is to penetrate in every pore of society. The technological innovations that are beginning to present themselves in the global perspective have profound impacts on the judicial activity of lawyers and judges. The research limits itself to the impact of such revolution in the field of law, more specifically in procedural law, in relation to the figure of the judge. The article was elaborated according to the inductive method, searching for the limits imposed, by the fundamental right to the natural judge, to the use of robots in the jurisdictional activity. The study enables the conclusion that, although the technology presents tools to aid the jurisdictional activity, the right to the natural judge imposes limitations to the adoption of the figure of the robot-judge.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

João Paulo Kulczynski Forster, Laureate International Universities - Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)

Possui Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (2004). Pós-graduado em Direito Empresarial com ênfase em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas - FGV/RS (2006). Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2011). Doutor em Direito pela UFRGS (2015). Professor no Centro Universitário Ritter dos Reis, atuando na Graduação nas disciplinas de Teoria Geral dos Contratos, Teoria Geral do Processo, Processo Civil I e II, Prática Jurídica e Prova Cível. É coordenador geral da Pós-Graduação Lato Sensu em Direito no Centro Universitário Ritter dos Reis. Integra o corpo de docentes do Programa em Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado) em Direitos Humanos do UniRitter, lecionando a disciplina de Jurisdição e Tutela dos Direitos Humanos. Desenvolve o Projeto de Pesquisa "Tutelas Individuais e Coletivas dos Direitos Humanos: técnicas protetivas nacionais e internacionais" no Centro Universitário Ritter dos Reis. Realizou extensão em Harvard, na área de Negociação (2017). Professor convidado de cursos de Pós-Graduação Lato Sensu. É sócio-advogado de Forster Advogados Associados.

Daniella Bitencourt, Laureate International Universities - Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)

Mestranda, bolsista Capes em Direitos Humanos, linha de pesquisa Direitos Humanos, Estado de Direito e Constitucionalismo pela UniRitter (término em 02/2019). Dissertação sobre Orçamento Público na Educação (qualidade, eficiência, IDH e Direitos Humanos). Especialista em Tributos em Espécie pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2014) e Direito Tributário Geral pela Universidade Mackenzie/SP (2005). Graduada pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (2003). Tem experiência nas áreas do consultivo, contencioso judicial e administrativo tributário. Professora de Direito Tributário na Anhanguera Educacional (2015-2017).

José Eduardo A. Previdelli, Laureate International Universities - Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)

Mestrando em Direitos Humanos pelo Unirriter (atual). Graduado em Direito pela Universidade Luterana do Brasil (2004). Pós-graduado em Formação Pedagógica de Professores pela FAQI (2016). Pós-graduado em Direito Processual Civil pela Uniritter (2017). Tutor da Escola Superior da Magistratura (2008-atual). Tutor da Escola Superior do Ministério Público (2014-atual). Professor da Escolas e Faculdades QI (2012-2014). Juiz Leigo do Juizado Especial Cível de Guaíba (2004-2012). Assessor de Juiz (2005-2014) e Assessor de Desembargador (2014-atual).

References

ABREU, Rafael Sirangelo de. Igualdade e processo: posições processuais equilibradas e unidade do direito. São Paulo: Ed. RT, 2015.

ÁVILA, Humberto. O que é «devido processo legal»? Revista de Processo, São Paulo, v. 163, p.50-59, set. 2008.

BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Juiz natural e inamovibilidade. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 114, p.501-536, maio/jun. 2015. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/ portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RBCCrim_n.114.15.PDF. Acesso em: 15 nov. 2018.

BASTOS, José Umberto Braccini; RAIMUNDI, Fábio. Fiscalização na Era Digital – novos paradigmas para o direito tributário. In: MARQUES, Jader;

SILVA, Maurício Faria (Orgs.). O Direito na Era Digital. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012, p. 95-111.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF), notícias. Inteligência Artificial vai agilizar a tramitação de processos no STF. Brasília, 30 de maio de 2018. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe. asp?idConteudo=380038>. Acesso em: 23 nov. 2018.

______. Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), notícias. TJMG utiliza inteligência artificial em julgamento virtual. Minas Gerais, 07 de novembro de 2018. Disponível em: http://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/noticias/ tjmg-utiliza-inteligencia-artificial-em-julgamento-virtual.htm#.W_fauuhKjIV. Acesso em: 23 nov. 2018.

BRUTAU, José Puig. A jurisprudência como fonte de direito. Porto Alegre: AJURIS, 1977.

CAMBI, Eduardo. Direito constitucional à prova no processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.

CAPPELLETTI, Mauro. Juízes legisladores? Tradução de Carlos Alberto Alvaro de Oliveira. Porto Alegre: Sérgio Fabris Editor, 1999.

COGLIANESE, Cary; LEHR, David. Regulating by Robot: Administrative Decision Making in the Machine-Learning Era. Penn Law: legal Scholarship Repository. Pensilvânia, jun. 2005. Disponível em: https://scholarship.law. upenn.edu/faculty_scholarship/1734/. Acesso em: 16 nov. 2018.

CONSELHO DA EUROPA. Convenção Europeia dos Direitos do Homem, de 4 de novembro de 1950. Disponível em: http://www.echr.coe.int/Documents/ Convention_POR.pdf. Acesso em: 16 nov. 2018.

CONSULTOR JURÍDICO (CONJUR). Entidades de advogados reagem a robô que ajuda em ações trabalhistas. 1 de julho de 2018. Disponível em: https://www,conjur.com.br/2018-jul-01/entidades-advogados-reagem-robo-ajuda-acoes-trabalhistas. Acesso em: 23 nov. 2018.

CORRÊA, Gustavo Testa. Aspectos Jurídicos da Internet. 5ª Edição. São

Paulo: Saraiva, 2010.

CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Anotações sobre a garantia constitucional do juiz natural. In: FUX, Luiz; NERY JÚNIOR, Nelson;

ALVIM, Teresa Arruda (Org.). Processo e Constituição: estudos em homenagem ao professor José Carlos Barbosa Moreira. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.

DALKE, Dean. Can Computers Replace Lawyers, Mediators and Judges? The Advocate, Vancouver, v. 703, set. 2013. Disponível em: http://www.the-advocate.ca/. Acesso em: 23 de nov. 2018.

DAUTENHAHN, Kerstin; WOODS, Sian; KAOURI, Christina; WALTERS, Michael Leonard; KOAY, Kheng Lee; WERRY, Iain P. What is a robot companion - friend, assistant or butler? IEEE/RSJ International Conference on Intelligent Robots and Systems. Canadá, 2005. Disponível em: https://ieeexplore.ieee. org/document/1545189. Acesso em: 23 de nov. 2018.

DIAS, Jefferson Aparecido. Princípio do devido processo legal. In: OLIVEIRA NETO, Olavo de; LOPES, Maria Elizabeth de Castro (Org.). Princípios processuais civis na constituição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 25-46.

DIAS, Nélia Daniel. A responsabilidade civil do juiz. 2. ed. Lisboa: DisLivro, 2005.

ELLENBONGEN, Henry. Automation in the Courts. American Bar Association Journal, Vol. 50, No. 7, p. 655-658, jul. 1964.

FINKELSTEIN, Maria Eugênia. Direito do Comércio Eletrônico. 2ª Ed. Elsevier: Rio de Janeiro, 2011.

GOMES, Luiz Flávio. Apontamentos sobre o princípio do Juiz Natural. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 703, p.417-422, maio 1994.

GRECO, Marco Aurelio; MARTINS, Ives Gandra. Direito e Internet: relações jurídicas na sociedade informatizada. Revista dos Tribunais: São Paulo, 2001.

GRIFFIN, Andrew. Facebook’s Artificial Intelligence Robots Shut down After they Start Talking to Each Other in their own Language. Independent. London, 2017. Disponível em: https://www.independent.co.uk/life-style/ gadgets-and-tech/news/facebook-artificial-intelligence-ai-chatbot-new-language-research-openai-google-a7869706.html. Acesso em: 29 nov. 2018.

GRINOVER, Ada Pellegrini. O princípio do juiz natural e sua dupla garantia. Revista de Processo, São Paulo, v. 29, p.11-33, jan./mar. 1983.

HENDERSON, Lynne. Legality and Empathy. Scholarly Commons @ UNLV Law. Las Vegas, 1986. Disponível em: https://scholars.law.unlv.edu/cgi/ viewcontent.cgi?referer=https://www.google.com.br/&httpsredir=1&article= 1893&context=facpub. Acesso em: 29 nov. 2018.

HOLMES, Oliver Wendell. The common law. In: FISHER III, William W.; HORWITZ, Morton J.; REED, Thomas A. (Orgs.). American legal realism. Oxford: Oxford University Press, 1993.

ITALIA. Costituzione Italiana: Edizione in lingua portoghese, de 27 de dezembro de 1947. Roma, Disponível em: https://www.senato.it/application/ xmanager/projects/leg18/file/repository/relazioni/libreria/novita/XVII/

COST_PORTOGHESE.pdf. Acesso em: 16 nov. 2018.

LAGIER, Daniel González. Emociones, responsabilidade y derecho. Madrid: Marcial Pons, 2009.

LONGHI, João Victor Rozatti. Processo Legislativo Interativo. Curitiba: Juruá, 2017.

LORENZETTI, Ricardo L. Comércio Eletrônico. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.

MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Direitos Fundamentais Processuais. In: SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme;

MITIDIERO, Daniel. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.

MITIDIERO, Daniel. Direito fundamental a um processo justo. Revista Magister de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 45, p.22-34, nov./dez. 2011.

MOREIRA, Fábio Lucas. Da “sociedade informática” de Adan Schaff ao estabelecimento dos fundamentos e princípios do marco civil da internet (PL 2.126/2011). In: O Direito na Era Digital. MARQUES, Jader; SILVA, Maurício Faria (Orgs.). Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.

ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Convenção Americana sobre Direitos Humanos, 22 de novembro de 1969. Disponível em: https://www. cidh.oas.org/basicos/portugues/c.Convencao_Americana.htm. Acesso em: 16 nov. 2018.

PRESTON, Rob. Ruptura Digital não é o que você pensa. Forbes, 20 de abril de 2015. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/oracle/2015/04/20/ digital-disruption-its-not-what-you-think/#20a1b0559e06. Acesso em: 06 nov. 2018.

ROMBOLI, Roberto. Il giudice naturale: Studio sul significato e la portata del principio nell’ordinamento constituzionale italiano. Milano: Giuffrè, 1981.

ROVER, Aires José. Direito e Informática. Manole: Barueri, São Paulo, 2004.

MELENDO, Santiago Sentís. Naturaleza de la prueba: la prueba es libertad. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 63, n. 462, p. 11-22, abr. 1974.

SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro, 2016.

SOUZA, Allan Rocha de. Cultura, Revolução Tecnológica e os direitos autorais. In: Direito Privado e Internet. MARTINS, Guilherme Magalhães (Org.). Atlas: São Paulo, 2014.

TEIXEIRA, Guilherme Puchalski. Direito fundamental à jurisdição (acesso à justiça) e direito ao juiz natural. In: REICHELT, Luis Alberto; DALL’ALBA, Felipe Camilo (Org.). Primeiras linhas de Direito Processual Civil: Volume 1 - Teoria Geral do Processo Civil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2016.

TSURU, Agência Digital. Indústria 4.0: a Quarta Revolução Industrial já é uma realidade? Blog da Agência Tsuru. 30 de maio de 2018. Disponível em: https://www.agenciatsuru.com.br/blog/industria-4-0-a-quarta-revolucao-industrial/. Acesso em: 14 nov. 2018.

VASCONCELOS, Rita de Cássia Corrêa de. Breves anotações sobre o princípio do juiz natural. Verba Iuris, Porto Alegre, p.07-14, ago. 2000.

Published

2018-12-29

How to Cite

Forster, J. P. K., Bitencourt, D., & Previdelli, J. E. A. (2018). Can the “natural judge” be a machine?. Revista De Direitos E Garantias Fundamentais, 19(3), 181–200. https://doi.org/10.18759/rdgf.v19i3.1631