Direito de (trans)cender: o direito humano à identidade de gênero no âmbito do sistema interamericano de direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.18759/rdgf.v24i2.2132Palavras-chave:
Direitos humanos, Direitos LGBTQIA+, Identidade de gêneroResumo
A presente investigação, desenvolvida por meio do método lógico dedutivo, tem como objetivo analisar os limites e possibilidades de construção de um direito humano à identidade de gênero no âmbito do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Buscou-se demonstrar, em um primeiro momento, a situação precariedade imposta às pessoas trans na região da América Latina, privadas de direitos básicos. Após, objetivou-se analisar como os direitos da população LGBTQIA+ foram construídos no âmbito do sistema regional. Ao final, almejou-se demonstrar como é possível construir, com base nos direitos previstos na Convenção Americana de Direitos Humanos, um direito humano à identidade de gênero.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia de Bolso, 2013. E-book.
ARRUBIA, Eduardo J. El derecho al nombre em relación con la identidad de género dentro del Sistema Interamericano de Derechos Humanos: el caso del Estado de Costa Rica, p. 148-168. Revista Direito GV, 14(1), 2018.
BARBOSA, Bruno Cesar. “Doidas e putas”: uso das categorias travesti e transexual. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 14, p. 352-379, 2013.
BARRIENTOS, Jaime. Situación social y legal de gays, lesbianas y personas transgénero y la discriminación contra estas poblaciones en América Latina. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 22, p. 331-354, 2016.
BELOFF, Mary. Artículo 18: Derecho al nombre, p. 427-444. In: STEINER, Christian (coord.); URIBE, Patricia (coord). Convención Americana sobre Derechos Humanos comentada. Bogotá: Fundación Konrad Adenauer, 2014.
BENEVIDES, Bruna G. Dossiê: Assassinatos e violência contra travestis e transexuais brasileira em 2021. Brasília: Distrito Drag, ANTRA, 2022.
BENEVIDES, Bruna G.; NOGUEIRA, Sayonara Naider Bonfim. Dossiê: Assassinatos e violência contra travestis e transexuais brasileira em 2020. São Paulo: Expressão Popular, ANTRA, IBTE, 2021.
BENTO, Berenice. O que é transexualidade?. 2ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 2012.
BERTONI, Eduardo; ZELADA, Carlos J. Artículo 11: Protección de la Honra y de la Dignidad, p. 272-288. In: STEINER, Christian (coord.); URIBE, Patricia (coord). Convención Americana sobre Derechos Humanos comentada. Bogotá: Fundación Konrad Adenauer, 2014.
BUTLER, Judith. Bodies that matter: on the discursive limits of ‘sex’. New York: Routledge, 2011.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. 1ª ed. Rio de Janeiro: civilização brasileira, 2018.
BUTLER, Judith. Undoing Gender. New York: Routledge, 2004.
CARAVACA-MOREIRA, Jaime Alonso; PADILHA, Maria Itayra. Necropolítica trans: diálogos sobre dispositivos de poder, morte e invisibilização na contemporaneidade. Ciberindex, Florianópolis, v. 27, n. 2. 2018.
COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Informe nº 71/99, caso 11.656, Marta Lucía Álvarez Giraldo vs. Colombia, 4 de maio de 1999. Washington: 1999.
COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Informe sobre personas trans y de género diverso y sus derechos económicos, sociales, culturales y ambientales. OAS/ Ser. L/V/II. 2020.
COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Violence Against Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Persons in the Americas. OAS/Ser.L/V/II.rev.1, 2015.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Gelman vs. Uruguay: Fondo, reparaciones y costas, Sentença de 24 de fevereiro de 2011. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_221_esp1.pdf.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Hermanas Serrano Cruz vs. El Salvador, Sentença de 1º de março de 2005. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_120_esp.pdf.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Niñas Yean y Bosico VS. República Dominicana, Sentença de 8 de setembro de 2005. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_221_esp1.pdf.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Rosendo Cantú e outra vs. México, Sentença em 31 de agosto de 2010. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_216_esp.pdf.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Comunidade Indígena Sawhoyamaxa vs. Paraguai, Sentença de 29 de março de 2006. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_146_esp2.pdf.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Opinião Consultiva OC-4/84, de 19 de janeiro de 1984. Opinião Consultiva sobre a proposta de modificação da constituição política da Costa Rica relacionada com a naturalização. Disponível em: http://www.corteidh.or.cr/docs/opiniones/seriea_04_ing.pdf.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Parecer consultivo OC-24/17, de 24 de novembro de 2017, solicitado pela República da Costa Rica. San José: 2017.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Série C, n. 239. Caso Atala Riffo e filhas vs. Chile: Fundo, reparações e custas. Sentença de 24 de fevereiro de 2012. San José: 2012.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Série C, n. 402. Caso Azul Rojas Marín y otras vs. Perú: Excepciones preliminares, fondo, reparaciones y costas. Sentencia de 12 de marzo de 2020. San José: 2020.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Sério C, n. 422. Caso Vicky Hernández y otras vs. Honduras: fondo, reparaciones y costas. Sentencia de 26 de marzo de 2021. San José: 2021.
EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS. Case of Christine Goodwin vs. The United Kingdom. Application no. 28957/95. Judgement in 11th July 2002. Disponível em: http://hudoc.echr.coe.int/eng?i=001-60596.
FRASER, Nancy. Reconhecimento sem ética?, p. 101-138. Lua Nova, São Paulo, 70, 2007.
GONÇALVES, Camila e Jesus Mello. Transexualidade e direitos humanos: o reconhecimento da identidade de gênero entre os direitos da personalidade. Curitiba: Juruá, 2014.
LOZANO-VERDUZCO, Ignacio; MELENDEZ, Rita. Transgender individuals in Mexico: exploring characteristics and experiences of discrimination and violence. Psychology & Sexuality, v. 12, n. 3, 2021, p. 235-247.
MARSHALL, Jill. Personal Freedom through Human Rights Law? Autonomy, Identity and Integrity under the European Convention on Human Rights. Leiden: Brill, 2009.
MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência. Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018.
MISKOLCI, Richard. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. 3. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.
NAMASTE, Viviane. Gender bashing: sexuality, gender and the regulation of the public space, p. 584-600. In: STRYKER, Susan (Ed.); WHITTLE, Stephen (Ed.). The Transgender Studies Reader. New York: Routeledge, 2006.
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Opinião aprovada pelo Comitê Jurídico Interamericano sobre o alcance do direito à identidade, de 10 de agosto de 2007.
Disponível em: http://www.oas.org/es/sla/cji/docs/cji_agenda_derecho_identidad.pdf.
PIOVESAN, Flávia; FACHIN, Melina Girardi. Artigo 7: Direito à Liberdade Pessoal, p. 81-103. In: PIOVESAN, Flávia; FACHIN, Melina Girardi; MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
PIOVESAN, Flavia. Temas de direitos humanos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. E-book.
QUIROGA, Cecilia Medina; ROJAS, Claudio Nash. Sistema Interamericano de Derechos Humanos: Introducción a sus Mecanismos de Protección. Santiago: Centro de Derechos Humanos, 2007.
RED LACTRANS. Informes sobre el acesso a los derechos económicos, sociales y culturales de la población trans em Latinoamérica y el Caribe. 2014.
TRANSGENDER EUROPE. Trans murder monitoring. Disponível em: https://transrespect.org/en/trans-murder-monitoring/. Acesso em: 20 jul. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista de Direitos e Garantias Fundamentais o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).