Exceção, governamentalidade e políticas de segurança
DOI:
https://doi.org/10.18759/rdgf.v18i2.1087Parole chiave:
Exceção. Segurança. Governamentalidade. Banóptico. Transnacionalidade.Abstract
A vigilância e os controles transnacionais burocráticos trabalham atualmente à distância para rastrear e controlar até mesmo os movimentos de populações. Para refletir sobre tais políticas de segurança no espaço transnacional torna-se fundamental o argumento de Bigo que antevê no atual contexto aquilo que ele chama de “banóptico”. Combinando a ideia de “exclusão” (bando) de Jean-Luc Nancy com o “óptico” de Foucault, ele indica como as técnicas de elaboração de perfis são utilizadas para saber quem deve ser objeto de vigilância estrita. O diagrama estratégico consiste em determinar uma minoria como excluída desde discursos de riscos e inimigos internos, passando pelas instituições, como os centros de detenção até as portas de embarque dos aeroportos, cruzando-se com leis e medidas administrativas que singularizam o tratamento de certo grupo.
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