Aparecidos Políticos: juventude por políticas públicas de memória, verdade e justiça
DOI:
https://doi.org/10.18759/rdgf.v17i2.807Palabras clave:
Ditadura Militar. Direito à memória. Arte Urbana.Resumen
Em um contexto contemporâneo do surgimento de pedidos de intervenção militar, este artigo tem como objetivo apresentar a experiência de um coletivo de artistas urbanos que, por meio do mapeamento de 35 lugares públicos de homenagem aos ditadores brasileiros, procurou trabalhar artisticamente a questão do direito à memória, no Estado do Ceará (Brasil). Por meio de intervenções estéticas, voltadas para a reflexão acerca da herança repressora da ditadura militar e da produção de novos sentidos de memórias, analisamos três instalações urbanas realizadas pelos “Aparecidos Políticos”, no ano de 2015. Nesse contexto, buscou-se problematizar que a inexistência de uma justiça de transição – seja na manutenção oficial de homenagem a torturadores, seja na falta de implementação de políticas públicas em memória – propicia a permanência de uma cultura política autoritária.
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