O julgamento das ADIN's 3105 e 3128 pelo stf e a inconstitucionalidade do art. 4º da EMC 41

Autores

  • Geovany Cardoso Jeveaux Faculdade de Direito de Vitória - FDV

DOI:

https://doi.org/10.18759/rdgf.v0i1.61

Resumo

As decisões tomadas pelo STF nas ADIN's n. 3105 e 3128 representam um novo paradigma no direito constitucional pátrio, já que fixaram não haver direito adquirido a imunidades tributárias, ainda que elas tenham sido outorgadas por emenda constitucional (EMC 20/98). Trata-se de enfoque que desafia o conceito segundo o qual as imunidades são um direito fundamental à limitação do poder do Estado e não uma auto-limitação que o próprio Estado se dá e se absolve quando quer. Tais decisões fecharam o círculo discursivo sobre o assunto na esfera do direito positivo, por serem irrecorríveis, vinculantes e insindicáveis em sua constitucionalidade intríseca, mas precisamente por conta dessas mesmas características não podem se pôr a salvo da crítica acadêmica. A racionalidade da interpretação contidas naquelas decisões requer que as premissas utilizadas sejam abertas ao debate, naquilo de Robert Alexy chama de "exigência de saturação". Neste artigo, o exame das razões adotadas nos votos vencedores põe em dúvida aquela racionalidade e a própria constitucionalidade daquelas decisões.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Geovany Cardoso Jeveaux, Faculdade de Direito de Vitória - FDV

Professor de Teoria da Constituição do Mestrado em Direitos e Garantias Fundamentais da FDV/ES; juiz do trabalho - TRT da 17ª Região; mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC/RJ; doutor em Direito Público pela UGF/RJ.

Downloads

Publicado

2006-08-10

Como Citar

Jeveaux, G. C. (2006). O julgamento das ADIN’s 3105 e 3128 pelo stf e a inconstitucionalidade do art. 4º da EMC 41. Revista De Direitos E Garantias Fundamentais, (1), 67–126. https://doi.org/10.18759/rdgf.v0i1.61