Externalidades negativas da inteligência artificial: conflitos entre limites da técnica e direitos humanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18759/rdgf.v24i3.2198

Resumo

A técnica de aprendizado de máquina presente na maioria das implementações atuais de inteligência artificial, é um modelo estatístico de probabilidade. Além da variável de incerteza intrínseca a modelos probabilísticos, a maneira como algoritmos correlacionam dados, as bases de enviesadas, e a subjetividade humana nas decisões, engendram externalidades negativas que ameaçam direitos humanos fundamentais. O propósito do artigo é analisar essas externalidades, identificando as ameaças a três direitos humanos fundamentais: o direito à explicabilidade, privacidade, e não discriminação. A metodologia investigou garantias legais versus limites da técnica, evidenciado que esses limites se constituem em barreiras à conformidade legal e regulatória.

Palavras-chave: Inteligência Artificial. Direitos Humanos. Externalidades.

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Biografia do Autor

Dora Kaufman, PUC SP

Professora do Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da PUC SP. Dois pós-doutorados, pela COPPE-UFRJ e pelo TIDD PUCSP. Doutora em mídias digitais pela ECA-USP com período na Université Paris – Sorbonne IV. Autora de vários livros, entre eles “A inteligência artificial irá suplantar a inteligência humana?” e “Desmistificando a Inteligência Artificial”. Colunista da Época Negócios.

Tainá Junquilho, UNB

Doutora em Direito com ênfase em Inteligência Artificial pela Universidade de Brasília. Advogada e Pesquisadora. Professora de Direito, Inovação e Tecnologia e Professora Colaboradora no mestrado do IDP. Foi bolsista da FINATEC no Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento de aprendizado de máquina (machine learning) sobre dados judiciais das repercussões gerais do Supremo Tribunal Federal - STF (Projeto Victor). Membro do grupo de Pesquisa Retórica Argumentação e Juridicidades. Vice Líder do Grupo de Pesquisa Observatório de Políticas Públicas (GEOPP) UnB. Membro do grupo de Pesquisa em Inteligência Artificial e Direito Lawgorithm. Pesquisadora Sênior ITSRio em Direito e GovTech. Foi professora substituta de Direito empresarial na Universidade de Brasília de 2019 a 2021. Mestra em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Pós graduada em 'Fazenda Pública em Juízo' pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Possui graduação em Direito pela FDV (2012) com formação complementar pela Universidad Castilla-La Mancha - Espanha. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Constitucional, Inteligência Artificial, Lei Geral de Proteção de Dados, Empresarial, Ética Geral e Profissional, Administrativo e Direito Processual Civil.

Priscila Reis

Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), com ênfase em inteligência artificial. Com sólida carreira em Direito Societário/Empresarial, atua desde 2015 em Direito Digital, auxiliando empresas na incorporação de tecnologias emergentes, principalmente inteligência artificial, e oferecendo consultoria jurídica estratégica para harmonização entre inovação e regulamentação. Desenvolve diretrizes éticas para o uso responsável da inteligência artificial, alinhadas às legislações de proteção de dados e normas relacionadas. Também ministra treinamentos in company e acadêmicos sobre os fundamentos da inteligência artificial, suas aplicações, desafios humanitários e estratégias de mitigação. O campo de pesquisa se concentra em inteligência artificial e ética, com foco especial na questão dos vieses algorítmicos. Além disso, é fundadora da comunidade MulherIA no LinkedIn, promovendo discussões sobre IA entre mulheres.

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Kaufman, D., Junquilho, T., & Reis, P. (2023). Externalidades negativas da inteligência artificial: conflitos entre limites da técnica e direitos humanos. Revista De Direitos E Garantias Fundamentais, 24(3), 43–71. https://doi.org/10.18759/rdgf.v24i3.2198